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The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

08.10.16

E AO SÉTIMO DIA (ALICE) DESCANSOU


The Cat Runner

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Dia 7

07/10/206

 

Tudo o que sobe desce...

 

Alice é um poço de energia. Cresce dia-após-dia, conseguimos ver as diferenças, físicas e de comportamento.

Normalmente está na cama, mas nunca quando alguém está na cozinha. Nessa altura lança-se às descobertas.

Já descobriu a sua imagem ampliada, no rodapé metálico. Aquilo levanta-lhe imensas questões, a julgar pelas reacções.

Agora, Alice começa a descobrir a sua queda para a cozinha, não literal, porque já caiu, na cozinha, uma vez, da máquina de secar roupa, para cima de uma ficha tripla, ficando entre a máquina e a parede, podia ser entre a espada e a parede, mas aqui não usamos disso.

A história do sétimo dia de Alice mete folhas de louro, cebolas, alhos e todo o lixo que uma gata pode provocar quando tem à sua mercê estes ingredientes fundamentais para cozinhar alegria na casa.

Ao lado da cama onde Alice dorme temos um carrinho com três andares.

Estavam ocupados com várias coisas, os alhos e assim, batatas, coisas de comida. Tudo teve que subir dois andares, porque Alice chega ao primeiro, e quando chegamos (a casa) temos que limpar cascas de cebola, pedaços de alho e de folhas de louro do chão, mas isso nem é o pior, o pior é que depois faltam para fazer o refugado.

Tudo subiu um andar, tudo teve que subir um andar. Tudo o que sobe desce.

Alice, senhora da sua própria inteligência e decisão, decidiu ocupar o primeiro andar, o que ficou livre de tudo, por causa dela.

Decidiu ir para dentro do cesto que ficou vazio, para ali descontrair um bocado.

Provavelmente, decidiu que a sua cama será sempre a sua cama, mas que tem direito a um lounge só dela, sem cebolas, alhos ou folhas de louro.

Aprecio a inteligência de Alice, consegue brincar com aquilo tudo, mas não engole, não trinca, não mete na boca.

Mais inteligente que eu que, nas poucas vezes, ou raras, vá, que cozinho, apesar de não trincar nada daquilo fico com o seu cheiro entranhado durante horas.

Ela, não.

Subimos tudo um andar, no cesto, que tem três andares, para preservar os alhos e as cebolas, mas tivemos alguma pena.

E esperança.

Ficámos com esperança que Alice continue a dar os seus saltos mortais, que os dá, normalmente para trás, enquanto brinca com aquilo que usamos para o refugado. Pode ser que descubra uma alternativa, é com ela.

A energia de Alice começa a ser tanta que já ando a ver preços de coletes de força no e-Bay. para mandar vir um, especial para gatas.

Mas, Alice está cada vez mais parte deste nosso mundo, só nosso, restrito, isso também se vê.

Ela ocupa agora o primeiro andar do carrinho, como se fosse a sua própria sala de estar, mesmo ali ao lado do seu próprio quarto, mesmo em frente à sua própria cozinha. E, está feliz.

Deita-se no carrinho, onde decidiu relaxar, mas volta sempre, no fim do dia, à sua caminha cor-de-rosa.

Ontem também foi assim, ao sétimo dia Alice descansou.

Nos outros dias também, mas assim a crónica termina com mais punch.

Agora só falta saber quando é que as coisas que subiram (no carrinho) voltam a descer, que aquilo não é nenhuma sala de estar.

Ou então, terei que convencer a minha mulher a ir ao Ikea comprar outro carrinho de três andares.

Só para as cebolas, para os alhos e para as folhas de louro, senão o refugado está definitivamente em perigo.

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