Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

05.05.15

ASAS PARA VIVER


The Cat Runner

IMG_2828.JPG

 

( Foto by the Cat @ Peso da Régua, Douro, Portugal 2015 )

 

Esta foto foi tirada por mim, na encosta do Douro, na Régua.

Ela sugere negritude mas esse é apenas um ponto de vista.

Ela foi tirada num dia de sol. Contra o sol. Num dia bonito.

Eu já corri nas margens do Douro vinhateiro. Nunca lá corri a meia maratona.

Eu gostava de escrever mais sobre o Douro vinhateiro. Quando lá estive escrevi, mas foi no blog que o Gato matou. Contudo, o texto está por aí. Já o vi. Eu gostava de escrever sobre todas as corridas.

As corridas populares, as corridas oficiais, as corridas de elite, as corridas. Ponto.

Gostava de ter capacidade e conhecimentos para escrever sobre corrida, como não tenho escrevo sobre corridas. A diferença é óbvia. Sou amador, no sentido literal do termo. Amo e não ganho qualquer compensação financeira. Aliás, começo a perceber que quanto mais se corre e melhor se quer estar, vai-se gastando uns euros, mais que não seja para as provas - que eu nem gostava por aí além -. Uns ténis melhores, um cinto para o gel e para o bidon, uma bolsa nova para o telemóvel, uns phones que não magoem as orelhas, meias de compressão, camisolas especiais, luvas, cachecóis próprios, casacos, por aí.

Quem quer gasta o que entender porque há milhões de escolhas, para tudo.

Mas, para correr, basta uns calções e um par de ténis, no limite. No limite uns calções. Barefoot quer dizer descalço, correr desclaço.

Eu gostava de escrever sobre todas as corridas.

Mas não posso. Para isso há outros blogs, muito melhores, muito mais confiáveis. O Correr Lisboa ou o Correr na Cidade são dois blogs que gosto de ler e que entre outras coisas abordam a corrida nessa perspectiva também. Eu apenas escrevo sobre corridas.

Todas as semanas chegam convites para provas, sugestões de escrita com base em eventos, coisas sobre corrida e corridas.

Há uns posts, há umas semanas, escrevi pela primeira vez sobre uma corrida. Por outra, pela primeira vez não escrevi sobre mim.

Porque não?

Não posso, não consigo e não é objectivo escrever sobre provas que aconteceram ou que vão acontecer, nem temos serviço de agenda, ainda. Mas, porque não fazer esse exercício, quando entender que ele é válido, porque passa uma mensagem.

Nesta lógica há muitas provas, eventos, corridas, que encaixam.

Foi o caso da corrida saúde + solidária, que está marcada para o próximo domingo.

É organizada pela Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa. 

Passa uma mensagem. Viver!

Este ano era a primeira vez que eu ia correr a meia maratona do Douro vinhateiro. Dizem que é a mais bela meia maratona do mundo. Outras há, seguramente, tão belas. Não estou cá dia 17.

Não só adorava correr esta meia maratona, como adorava escrever sobre ela, como adorava fazer a reportagem televisiva, é a televisão onde trabalho que a vai transmitir em directo. 

PINHAO

 

(Foto by the Cat ) 

 

Isa foto é do Pinhão, outras virão - até fazemos rimas e tudo.

Dia 17 deste mês tudo na TVI a ver a meia do Douro vinhateiro.

Eu estarei em Newport, Rhode Island. Fica nos Estados Unidos da América, de onde vou escrever diariamente a saga "Era Uma Vez Na América". De 13 a 18 deste mês, não perca.

Acabei de fazer publicidade!

Mas lá está, há aqui uma mensagem, uma televisão que continua a democratizar desportos à sua maneira.

Eu vou ver, apesar da diferença horária.

Uma televisão virada para as pessoas, que vai mostrar às pessoas o que de belo existe e não falo apenas da corrida.

A mensagem que mostra o quão é belo o belo.

Este blog está cada vez mais liberal. Valha-me deus.

Se olhar pela linha da positividade, então, ainda bem que não estou cá.

É que uma marca de automóveis alemã - tenho imensos seguidores e que eu sigo, no Instagram, que são altos runners alemães - decidiu fazer-me uma surpresa.

Um destes dias enviaram-me o convite para a corrida.

A corrida começa no sussurrento castelo de Palmela, pela manhã, como se querem as corridas. Termina nas instalações da Autoeuropa, onde se fabricam os carros alemães, ali como quem vai para Setúbal.

A corrida Volkswagen 2015 também me captou a atenção, como as que escrevi sobre, porque também passa uma mensagem.

Em primeiro lugar quem desenha este projecto sabe utilizar a língua portuguesa.

Atreves-te?

Foi o primeiro baque que tive, quando olhei para a caixa. Aquele flash em que li atreveste, foi isso mesmo, um flash.

Não me atrevi logo. Observei a caixa. De alto a baixo. Bonita.

IMG_4676.JPG

 

( Foto by the Cat ) 

 

Mas a faixa amarela contém essa mensagem. Deixemo-nos de tretas, qual mensagem, esse desafio. 

Atreves-te? é um desafio.

Olhei em volta, ninguém, ninguém reparava. À minha volta o que não faltava era gente. Coloquei tudo a jeito e click. Abri a caixa.

Lá dentro uma camisola "técnica". Bonita. Como não vou correr porque não estou cá já enviei um email a solicitar indicações para devolver a caixa e a camisola. E o dorsal simbólico que dava acesso ao dorsal para a prova.

IMG_4677.JPG

 

( Foto by the Cat )

 

Deve ser transformador, correr em Palmela e vir por ali a baixo. 

Eu gosto de alemães, como gosto de toda a gente, eu gosto de pessoas. 

Os meus carros são de marcas alemãs, desde sempre. Gosto de carros alemães, se forem fabricados em Portugal ainda gosto mais.

E gosto de marcas que organizam corridas inspiradoras, corridas que qualquer um pode correr, por correr, porque qualquer um pode pagar a inscrição, dinheiro ( eu sei que não é de bom tom falar de dinheiro em público ) que em imensos casos vai para obras e acções inquestionáveis.

Correr é ser sempre solidário. Com os outros e connosco próprios. 

Mas, ainda bem que dia 17 não estou cá.

Já tinha hotel marcado no Pinhão, já tinha o convite para a meia do Douro vinhateiro. Como é que ia correr em Palmela? E, tinha que correr as duas, se cá estivesse.

IMG_2832.JPG

 

( Foto by the Cat @ Pinhão 2015 ) 

Zeus e Cronos também correram em Olímpia, mas porra esses eram deuses.

Assim, lá está, o lado positivo da vida e das coisas, vou correr pelas ruas típicas de Newport, vou correr junto à costa, na marina, junto ao porto e aos barcos topo de gama - da Volvo Ocean Race -.

Vou registar as casas coloridas, as mulheres bonitas, a luz, e os cheiros. Os cheiros, claro, como não?

Dia 17 estou na América.

Dia 17 vou correr em três sítios diferentes, ao mesmo tempo, prometo.

Zeus era Zeus mas eu sou eu e o Cronos não é para aqui chamado.

Ah! E o próximo post será sobre a Wings For Life World Run, que eu nunca corri, mas para a qual fui convidado, no ano passado e neste ano. Foi no domingo. Não fui. Era no Porto. O Porto fica mais longe de mim que Newport.

Mas, lá está, é uma daquelas corridas que passa uma mensagem. Pelo menos a mim.

Asas para viver!

Correr no mundo!

Fomos do Douro a Palmela, passando por Newport, sempre a correr, durante estas largas centenas de linhas. E a corrida ainda nem começou!

1 comentário

Comentar post