ALICE, A GATA-URSA
Dia 49
20/11/2016
Sobre coisas súbitas...
Já desapareceu, outra vez, o “raio” da gata.
Desta vez ela que esteja o tempo que quiser, que ainda há bocado estava aqui a dormir.
Já à tarde, Alice começou a dar sinais que ia hibernar. Alice é, por assim dizer, uma gata-urso, que hiberna quando lhe dá na tola.
Não contem esta parte às vossas crianças, porque podem acreditar que há gatas-urso, nos tempos que correm tudo é possível.
Alice está em parte incerta cá em casa.
À tarde andámos uns bons dez minutos à procura, a Cristina foi encontra-la debaixo das almofadas da cor dela, no sofá.
Demos com ela porque Alice meteu a cabeça de fora para ver o que se passava.
Pior foi depois, ia sendo trucidada, ahahahahaha.
Apanhou uma gaveta aberta, na cozinha, meteu-se lá dentro, mas na parte de trás da gaveta, bastava alguém passar, fechá-la com o joelho, quantas vezes, e Alice passava a prestidigitadora, desaparecia, ou então partia-se toda.
Nada de especial, apesar dos cuidados. Está desaparecida, mas desta vez não há cá alarmes. Daqui a nada deve estar a saltar para cima do sofá, provocando-nos a respectiva taquicardia.
Não era sobre mais este súbito processo de hibernação de Alice que queria falar.
Era sobre a minha sala que lhe queria falar.
Acho que ficava bem uns quatro ou cinco quadros, de tamanhos diferentes, quadros não, molduras, com fotos e quotes, que eu gosto de quotes, na parede, do lado esquerdo de quem entra.
Tirava-se dali aquele pequeno móvel castanho, passava-se o branco, da televisão, para lá.
Comprava outro móvel branco, mas fechado, metia lá o plasma e não se via os fios.
A Vodafone vem cá segunda feira reparar o que deixaram mal, e aproveitava e mudava umas coisas na sala.
Eu gosto da minha sala, sobretudo nestas noites frias.
Podia colocar o outro móvel branco atrás do sofá, no ponto de passagem para a varanda, ficavam os dois móveis com livros.
Na parede atrás do sofá, virada para a lareira, metia um espelho quadrado, com moldura em madeira branco-sujo.
Junto à parede da varanda colocava mais molduras, de vários tamanhos, como na parede da entrada.
Acho que mudando os móveis e dando estes toques, a sala fica ainda mais acolhedora.
Passava o candeeiro de pé para a zona da entrada, junto às molduras. Top!
Para o ano metemos o chão em madeira, como no resto da casa, devíamos ter escolhido madeira para a sala, quando comprámos a casa, se fosse hoje alugava-a.
O azulejo do chão é bonito, mas a madeira é mais acolhedora, basta ver os quartos.
Depois, tirava a estante castanha do hall, e aquele pequeno móvel onde guardamos as chaves.
Ia-mos ao IKEA comprar o móvel fechado para a televisão, e aproveitávamos para comprar também um aparador, na vinda almoçávamos salmão fresco com aquele sumo de grape fruit.
Antigamente achava os aparadores coisa de velhos, mas em branco dá mais luz à casa.
Se calhar, para o ano, quando meter o chão da sala em madeira, deitamos abaixo a lareira, e construímos uma rectilínea, em pladour, ao alto.
A mesa de jantar pode ficar, é castanha, mas contrasta.
E, custou uma fortuna, quando casámos. Design premiado, diga-se, tal como os sofás.
Se fosse hoje alugava a casa, mobilada.
Mas, depois tinha dúvidas se era o meu lar.
Nem sei se Alice tería coragem para hibernar subitamente.
Acho que vou mudar a sala.
Pode ser que Alice apareça, entretanto.