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The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

10.06.19

PORTEI-ME MAL


The Cat Runner

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Se há coisa que eu sou é um gajo sincero.

Ainda por cima aprendi na escola de jornalismo que devemos sempre respeitar, primeiro que tudo e todos, o leitor.

E, quer queiramos quer não aqui até podemos ser amigos, família, conhecidos mas seremos sempre autor e leitor.

É uma fatalidade.

Feito o devido enquadramento, dizer que me portei estupidamente mal.

Não foi só agora. Já me portei mal em outras ocasiões.

Mas, quem nunca se portou mail?

Eu sei, vivemos num mundo de liberdade absoluta. Não há um único ser humano que nunca se tenha portado mal.

Feito o segundo enquadramento, dizer que aumentei dez quilos em nove meses.

Dá uma média interessante: cerca de um quilo por mês.

Cheguei saturado de Berlim.

Com a corrida.

Vicissitudes!

Confesso que, ao longo do processo de relaxamento extremo – assim o defino – tive a consciência plena do que me estava a acontecer.

Continuo a treinar, mas metade do que era normal.

Sinto-me pesado, com tudo o que dramático isso acarreta.

Não é só a estética. É, sobretudo, gordura em excesso. A gordura mata.

Todos morremos, tudo mata, mas a gordura mata.

Hoje comi o meu último hambúrguer nos próximos meses.

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Comecei este texto com dois enquadramentos temporais e factuais, não que sinta vontade de justificações.

De justificações está o inferno a arder.

Apenas para reforçar o que escrevo e o que escrevo é apenas isso.

Digamos que me tornei num sedentário activo e gozei o momento.

Fiz-me mal, eu sei.

Atravessa-se então, bem em frente aos meus olhos, aquilo que já fiz, assente numa resiliência que não me julgava capaz.

Berlim. Sempre Berlim.

Toda uma estrada de ensinamento e humildade.

Se já fui capaz uma vez o que me impede de ser capaz de novo?

Entramos num processo de consciencialização, um processo que já conhecemos, que sabemos que demora tempo e dá trabalho. Herrar é o mano !

É para isso que nos colocamos desafios, metas, objectivos, para podermos ir vivendo.

Não vou fazer desta etapa um diário mas, com grande probabilidade, irei deixando aqui alguns rastos de tinta, escritos conforme tem de/que ser.

Já percebeu que decidi tomar medidas.

Isso.

O dia zero é agora.

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Não é fácil: queimar dez quilos de gordura.

Mas há um plano.

O objectivo um: Perder oito quilos, nas próximas quatro semanas.

Depois conto.

Portei-me mal, mas admito-o.

Começa agora.

(As fotos são minhas, a música é de um amigo meu).