ALICE E O FOGO INESQUECÍVEL
Dia 57
28/11/2016
Sobre os elementos...
O meu dia de hoje tem sido passado assim, recebi a equipa da Vodafone, vieram reparar o que deixaram mal feito há mais de um ano.
Acordaram-me. Já não me lembrava que vinham.
Ganharam um cliente, no caso, não o perderam.
Feito o serviço, fiquei eu e a minha amiga Alice.
Arrisquei ir caminhar, mas decidi dar mais descanso ao corpo, sobretudo às pernas.
Depois de uma meia maratona as minhas pernas transformam-se em dois blocos de granito.
Alimentei-me bem, que uma sopa de feijão encarnado da dona Emília faz milagres, arrumei a casa, a cozinha, tratei da louça e de Alice e acendi a lareira.
A tarde foi passada assim, a escrever, à lareira, só eu e Alice, a matar saudades.
Foi num destes mometos, desta tarde tão minha, que captei o instante.
Depois de meter mais lenha a arder, foi depois disso.
Alice sentou-se, elegante e tranquila, bela e sedutora e, ali ficou, a contemplar o fogo inesquecível.
O momento.
Os momentos são os tijolos que sustentam a nossa vivência, aquilo que somos, no que nos tornámos.
E, lembrei-me de um poema.
Assim foi a minha tarde, um poema.
À noite vou trabalhar, até tarde.
Enquanto isso, sinto as festas de Alice nos meus dedos, Alice chamam-me.
Vamos dormir uma sesta, que a lareira arde e a sala está quente.
O fogo...