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The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

11.08.15

RITA RODRIGUES - #100CORRIDASEM2015


The Cat Runner

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É "aquela" sensação que se experimenta no final das primeiras corridas que faz com que voltemos a calçar os tênis para ir para a rua correr.

Uma sensação que vai melhorando. Que se torna maior e mais preenchedora. Que acaba por tomar conta de nós e dos nossos hábitos.

Mais cedo ou mais tarde é ela que nos comanda. Que nos põe o despertador para as sete da manhã. Que nos põe os tênis na mala quando vamos de férias. Que nos empurra para a rua quando está chuva, frio, vento ou um calor abrasador. E que, ocasionalmente, nos sussurra ao ouvido "não sejas preguiçosa, não venhas com desculpas, vai correr!"

Basicamente é à procura dessa sensação que corremos. Pode ser o primeiro mês de corrida ou a milionésima corridinha diária. Não interessa. Experimentada, pela primeira vez essa maravilhosa sensação de bem-estar, leveza, superação, vamos querê-la sempre.

Pois foi à procura dessa sensação (sobretudo a de superação) que no início deste ano lancei a mim mesma o desafio #100corridasem2015.

Vi pelo Instagram que algumas pessoas, noutros países, que também correm com frequência, estavam a preparar-se para no dia 1 de janeiro arrancar com esse desafio. E eu decidi alinhar.

Sabia que era um desafio ao meu alcance. Em 2014 tinha feito 214 corridas portanto 100 (menos de metade) era uma meta acessível. Por isso, lancei um desafio dentro do próprio desafio que era atingir as 100 corridas ainda no primeiro semestre.

Fui correndo ao meu ritmo normal. Quatro a cinco corridas por semana. Em média cinco quilômetros por corrida. Uma vez por semana tentava esticar a distância. Pelo meio ainda me preparei para a Meia Maratona de Lisboa que corri em Março, apetrechada com duas Go-Pro para fazer uma reportagem diferente para a TVI.

Fui correr muitas vezes quando o Sol ainda não tinha acordado. Muitas vezes cheia de roupa, tal era o frio na rua. Às vezes só aos 500 metros é que começava a acordar! Levei muita chuva na cara. Também corri muitas vezes sem vontade. É inegável. Não vale a pena dizer que há sempre vontade de correr e que contamos os minutos para sair para a rua. É mentira. Às vezes só queremos ficar na "ronha". Ficar a dormir até mais tarde. Sair do trabalho e deitar no sofá. Mas "o que tem de ser tem muita força". E vencida a preguiça, a tal sensação no final da corrida vale bem a pena o esforço.

Chegou Junho e o contador aproximava-se das 100. A adrenalina subia. Estava quase. Percebi que ia conseguir terminar a centena de corridas no primeiro semestre.

Quem me segue no instagram, apercebendo-se que as 100 estavam ao virar da esquina, reforçou os apoios e incentivos. Toda essa energia positiva dá uma força fantástica e uma motivação importantíssima.

  1. 2. 1. Faltava apenas uma corrida!

Era domingo. Estava um Sol lindo. E calor. A corrida não começou da melhor forma. A cabeça dizia-me "vai Rita é hoje" mas as pernas não respondiam. Aliás o corpo inteiro parecia estático. Quase petrificado!

Mas se há dias em que é a cabeça que nos põe abaixo e impede de fazermos a corrida que queríamos, hoje era o oposto. O corpo não queria sair do lugar mas a cabeça já estava na meta: nas #100de100 corridas em 2015. E foi assim que metro após metro cheguei ao fim daquela corrida, daquele desafio e me deixei abraçar por uma sensação ainda mais fantástica.

Nada como alcançar um objectivo.

É por isso que é tão importante sairmos das nossas zonas de conforto (hoje em dia um conceito muito em voga mas que efectivamente é pertinente) e impormo-nos desafios. Porque é nessa batalha que nos sentimos vivos e quando conseguimos alcançar o que nos tínhamos proposto sentimo-nos capazes de tudo. Sentimos que somos capazes de mais. E isso é viver!

 

Vale a pena.

 

Desafiem-se