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The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

15.05.15

ERA UMA VEZ NA AMÉRICA ( O CHEIRO DOS JACARANDÁS DA MORTE)


The Cat Runner

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Estou a ficar velho.

Aqui, na América, dei comigo a acordar, sem desertador, às seis e meia da manhã.

Nunca na vida corri a essa hora. Eu, é como o outro, de manhã é mais na caminha.

Confesso que estou com um jet lag à antiga.

Ainda ha pouco, quando vinhamos do jantar, perguntei à Ana Colaço que dia era hoje. Ela riu. Já lhe fiz esta pergunta umas três ou quatro vezes desde que chegámos a Newport.

Pior, na mesma viagem de regresso para o hotel foi a Ana que me perguntou que dia era amanhã ( amanhã que já é hoje). Ela queria perceber há quantos dias chegámos.

Tentei responder-lhe, mas não consegui fazer as contas.

Foi o Zé Pedro Amaral quem disse que chegámos, imagine, ontem (que já é anteontem).

Estamos cá há dois dias e ao segundo dia achámos que estávamos cá há três ou quatro.

Não que isto seja uma seca, que seja mau, não, de todo.

Está a ser muito bom.

 

13.05.15

"ERA UMA VEZ NA AMÉRICA" (ESTOU NO CÉU)


The Cat Runner

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Isto nunca me tinha acontecido.

Nunca tinha estado ligado à internet em pleno ar.

Sim, estou no céu.

Neste momento, a  onze quilómetros de altitude,  a uma velicidade de 900 kms/h, a passar juntinho à Gronelândia. Juntinho é como quem diz, ali no plasma está perto, na verdade, Lisboa também está perto de Boston e já ando de avião há sete horas. Faltam três para chegar.

Aquilo que mais confusão me faz, já vamos à história, que vale a pena, é que me levantei ás 3.45h, no Porto Alto.

 

Ás cinco estava a fazer o check-in. Ás sete levantámos vôo. Ás onze aterrámos em Frankfurt. Ás treze levantámos vôo, de novo.

Faltam três horas para chegar a Boston, e em Boston ainda são, neste momento, 11.05h da manhã.

Confuso(a)?

Agora imagine eu, com fusos horários, pressão alta e cenas. Adiante.

A primeira crónica "Era Uma Vez Na América" tinha que ter qualquer coisa especial, olha, é escrita a partir do céu. Literalmente.

 

12.05.15

CASUAL CHIQUE


The Cat Runner

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Está quase a começar a minha aventura.

Vou correr, pela primeira vez no estrangeiro, na América. A Terra Prometida (nunca percebi a quem).

Se eu fosse mais novo juro que pensava mudar de vida e de sítio para viver. Se tivesse menos uns 150 anos.

Sempre tive um fascínio por cidades criadas a régua e esquadro, por casas coloridas e de dois andares, com jardins em redor.

Quem viu a série Weed sabe do que estou a falar.

Ou em cidades como Nova Iorque, onde a vida vive-se segundo a segundo.

Já vivi na África do Sul. Isso já.

Na cosmopolita Joanesburgo, no deserto de Majuba, no Transvaal, no Sul, no Cabo, já vivi por aí, mas nessa altura nem corria nem era jornalista nem era um homenzinho.

Vivia por aí.

 

09.05.15

LET THE GAMES BEGIN


The Cat Runner

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Estou em estágio.

No exacto momento em que escrevo estas singelas e humildes linhas, estou em estágio.

Hoje, pela manhã, vou fazer uma coisa que já não faço há mais de três anos. Cheguei há conclusão que não o faço há muito mais tempo.

Levo um bocado a peito tudo o que faço.

E, faço como os profissionais.

Ou quase, não exageremos.

Hoje, pela manhã, vou fazer uma coisa que me está a deixar com borboletas na barriga.

Já não me lembrava dessa sensação boa e ansiosa, ao mesmo tempo.

Mas é assim que me sinto.

Estou em estágio.

 

06.05.15

ALL WE NEED IS LOVE... AND RUN


The Cat Runner

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(Foto by the Cat) 

 

Hoje dei uma tareia a mim próprio. Uma auto-tareia, portanto.

Escrevi tanto, mas tanto, que aproveitei a embalagem e comecei a escrever este post.

Já tinha pensado escrever sobre o que vou escrever, há dias.

Tem a ver com sustos de morte, no caso, enquanto se corre.

Já lá vamos.

05.05.15

ASAS PARA VIVER


The Cat Runner

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( Foto by the Cat @ Peso da Régua, Douro, Portugal 2015 )

 

Esta foto foi tirada por mim, na encosta do Douro, na Régua.

Ela sugere negritude mas esse é apenas um ponto de vista.

Ela foi tirada num dia de sol. Contra o sol. Num dia bonito.

Eu já corri nas margens do Douro vinhateiro. Nunca lá corri a meia maratona.

Eu gostava de escrever mais sobre o Douro vinhateiro. Quando lá estive escrevi, mas foi no blog que o Gato matou. Contudo, o texto está por aí. Já o vi. Eu gostava de escrever sobre todas as corridas.

As corridas populares, as corridas oficiais, as corridas de elite, as corridas. Ponto.

Gostava de ter capacidade e conhecimentos para escrever sobre corrida, como não tenho escrevo sobre corridas. A diferença é óbvia. Sou amador, no sentido literal do termo. Amo e não ganho qualquer compensação financeira. Aliás, começo a perceber que quanto mais se corre e melhor se quer estar, vai-se gastando uns euros, mais que não seja para as provas - que eu nem gostava por aí além -. Uns ténis melhores, um cinto para o gel e para o bidon, uma bolsa nova para o telemóvel, uns phones que não magoem as orelhas, meias de compressão, camisolas especiais, luvas, cachecóis próprios, casacos, por aí.

Quem quer gasta o que entender porque há milhões de escolhas, para tudo.

Mas, para correr, basta uns calções e um par de ténis, no limite. No limite uns calções. Barefoot quer dizer descalço, correr desclaço.

Eu gostava de escrever sobre todas as corridas.

Mas não posso. Para isso há outros blogs, muito melhores, muito mais confiáveis. O Correr Lisboa ou o Correr na Cidade são dois blogs que gosto de ler e que entre outras coisas abordam a corrida nessa perspectiva também. Eu apenas escrevo sobre corridas.

04.05.15

MUM IS ON THE RUN


The Cat Runner

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( Foto by the Cat´s mum ) 

 

Escrevo um dia depois do dia da mãe.

Ser transgressivo foi-me incutido por ela. Foi assim toda a vida. 

Por isso deixei o dia resvalar para hoje.

Não corri no dia da mãe simplesmente porque não deu.

Nem escrevi. Simplesmente não deu.

Hoje era o dia e vem isto a propósito das fotos que a minha mãe publica no Facebook. Foi assim que programei a coisa.

A minha mãe tira estas fotos quase todos os dias, exactamente no mesmo sítio onde eu corro todos os dias.

Eu corro, ela caminha.

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( Foto by the Cat´s mum ) 

 

03.05.15

VOAR SEM SAIR DO LUGAR - PARTE I


The Cat Runner

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Esta segunda feira vou escrever sobre uma corrida que não corri. No ano passado fui convidado. Não corri porque narrei a corrida na TV. Uma aventura. Este ano fui convidado, não corri porque foi no Porto. Mas merece ser escrita, está corrida que não corri. Afinal, ter asas e voar sem sair do lugar é o sonho de qualquer um que queira voar o seu próprio vôo.

(Antes disso vou escrever sobre o dia da mãe. O dia da mãe é quando um filho quiser).

03.05.15

O BATER DO CORAÇÃO


The Cat Runner

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Directo ao assunto.

O tempo ou aquilo que ele nos diz. Diz-nos tanto.

Diz-nos, por exemplo, sobre a saudade, sobre a distância, sobre as histórias, sobre as pessoas e os lugares. O tempo diz-nos sobre nós.

Eu escrevo muito sobre corrida e gosto imenso de publicar fotos que tiro durante as corridas. Mas, eu não sou, como é público, um corredor daqueles!

Por isso estou constantemente a aprender a correr.

 

 

 

 

 

02.05.15

COMUNICADO DO GATO


The Cat Runner

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Pela sexta vez, se a memória não me falha, se for o caso, peço desculpa, o thecatrun.blogs.sapo.pt volta a ter um texto em destaque na plataforma Sapo. Para uma corrida que se prevê tão longa não deixa de ser sempre um enorme incentivo, tipo quando estas cansado, a meio da corrida e decides tomar um gel e ganhas asas. É isso, este blog vai começar a ganhar asas. Iniciei aqui um texto/um convidado por mês. Já cá esteve o jornalista e runner Alexandre Évora, o dotojornalista Luiz Carvalho, vai ca estar a jornalista e iniciada nestas coisas da corrida, a Carla Moita é assim de repente, miss Mafaldinha. O Gato também já pediu uma entrevista ao grande Mo Farah, ao gigante Haruki Murakami e outros nomes que por agora ficam assim, incógnitos. O Gato quer que o blog seja cada vez mais um sítio cada vez mais agradável. Por agora, um sorriso, o sexto, se a memória não me falha, se for o caso, peço desculpa. Obrigado, Sapo. (O Gato)