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The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

14.04.15

RUNNING FOR IS LIFE


The Cat Runner

 

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 “Correr ao ar livre faz-me lembrar que quero continuar a viver”.

Estar fora do hospital, fora da sala de espera, fora de quatro paredes é aquilo que faz correr Yariv Kafri, a vida fá-lo correr, correr pela própria vida.

Ele conta que neste Inverno correu na neve, com ténis próprios, no mesmo trilho onde corre habitualmente todas as semanas. E, não é que lhe pareceu totalmente diferente!

“É essa a sensação, de liberdade, quando estou lá fora e quando corro. É essa a minha luta”, sublinha Kafri.

 

 

 

14.04.15

UMA CORRIDA SEM FIM


The Cat Runner

BLOGPHOTOKAFRI.png

(Foto courtesy of Yariv Kafri)

 

 Há corridas que vão muito para lá da linha de chegada. Elas não acabam com a passagem pela meta.

A corrida de Yariv Kafri dura há um ano e meio, sem parar. Foi por essa altura que uma queda fez soar o alarme. Kafri, 49 anos, caiu enquanto fazia surf. Bateu com a cabeça. Ficou com alterações na visão.

Um TAC trouxe-lhe a notícia. Um tumor com o tamanho de uma bola de golfe arrumado atrás da orelha esquerda, dentro da sua cabeça. Uma metástase do cancro do pulmão, que desconhecia ter.

Yariv Kafri fez desporto durante toda a vida, mesmo quando serviu no exército israelita, enquanto oficial da Inteligência.

Dois filhos, mulher e a notícia para a qual ninguém está preparado, apesar das guerras por onde passou e das situações extremas pelas quais passou. Nenhuma tão interiormente extrema quanto esta. 

 

 

14.04.15

UMA FRASE BATIDA


The Cat Runner

PHOTOFoto by the Cat)

 

Por força da minha profissão vejo-me imensas vezes confrontado com o facto de ser o mensageiro da desgraça. Quase sempre. Todos os santos dias. Escrevo muitas notícias que não gosto de dar. Desgasta, pode não parecer mas desgasta, faz lembrar o reiki. Sinto que no fim do dia absorvi carga negativa do mundo em excesso. E ninguém merece.

Encontro aqui o lugar para escrever notícias boas.

Tento que o Gato, a personagem deste blog, mostre coisas que inspirem, que refresquem, que sejam exemplo, aos nossos olhos, sobre o mundo que queremos melhor, sobre a vida que levamos a correr. É que há corridas e corridas nesta vida.

Aquela frase batida que diz que somos jornalistas 24 horas por dia serve para o mal, mas também serve para o bem. Aqui escrevo sobre o que quero, muito sobre corrida, a minha corrida, como a corro, como a sinto, como a vejo, como me influencia. Mas, escrevo sobre tudo aquilo que me apetece e, confesso, por vezes dou comigo a pensar em entrevistas, em escrever sobre artigos já escritos, dou comigo a deixar fugir-me para a zona mais profissional, mais técnica. Erro!

Ainda assim, fiz um contacto para uma entrevista e vou escrever sobre um artigo publicado na revista Trail Runner Mag ( trailrunnermag.com). É um artigo que introduz uma entrevista. Foi um amigo das corridas, o Marco - as corridas têm me apresentado algumas pessoas de quem fico amigo - que me fez chegar o link do caso sobre o qual irei escrever nos próximos textos.

Não é um caso qualquer. É um caso sobre um jovem, com passado de atleta, um jovem e um atleta a quem foi diagnosticado um cancro no pulmão, ou sobre como isso não é forte o suficiente para o fazer parar de correr, cada vez mais. Uma história da vida ou uma notícia smile.

Fica claro que o artigo, a foto que ilustra este texto e a entrevista são da exclusiva responsabilidade da Trail Runner Mag, tal como os respectivos créditos. Não há cá plágios.

Apenas tenho como objectivo dar a conhecer esta história, como outras e dissertar sobre ela e sobre a corrida. No fundo, escrever.

O título do artigo original Correr Pela Sua Vida (Running For Is Life) encerra uma carga dramática. Ter cancro é um drama. Mas, ele encerra, para lá dessa carga dramática, mais que um exemplo, um modo de encarar a vida e a morte e a corrida.

Esta é a história de Yariv Kafri. Foi-lhe diagnosticado um cancro nos pulmões. Mas Yariv Fari decidiu continuar a correr, inspirando os outros a fazerem o mesmo.

Esta é a história de Yariv Kafri que a Trail Runner Mag contou e um amigo me fez chegar.

(to be continued)