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The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

26.08.17

Os Trollibãs


The Cat Runner

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No outro dia, quando acordei, veio-me à ideia uma ideia.

Como sou trabalhador nocturno costumo levantar-me só ao fim da manhã.

Qual viciado a primeira coisa que faço é ver as redes sociais, depois os push ups. Fazia.

Aquilo começou a irritar o meu irritado acordar e decidi mudar de táctica.

As caixas de comentários dos digital media e das redes sociais são extremamente tóxicas, muitas vezes e isso, acho eu, influêncía o sub-consciente, pobre coitado, que nem sequer ainda lavou a cara.

Agora, qual viciado a primeira coisa que faço é acordar, depois, então, ligo-me.

Tem resultado. Tenho acordado mais bem disposto.

Há dias, enquanto bebia uma bebida de aveia com café, dei comigo a pensar num nome que retratasse alguma fauna que habita dentro do Facebook e Twitter, sobretudo.

Pequenos seres que desejam o extermínio virtual (às vezes real) de determinada pessoa, só porque sim. Pequenos seres que ostentam fotos na sua cronologia, nas quais somos todos isto e aquilo, até Charlies.

Esses são Talibãs.

Uma outra sub - espécie, que deriva dos Talibãs, são os Troll.

Pequenos seres que têm opinião imaculada, forte e imbecil sobre tudo e qualquer coisa. Só não opinam sobre o vazio das suas opiniões, julgando-se sempre detentores da sabedoria e da verdade. Nem sobre os muitos erros de português que dão.

O Facebook e o Twitter foram povoados pelos Trolls e pelos Talibã virtuais.

Eles nascem nas caixas de comentários dos jornais online, alimentam-se e partem para a sua aventura nas redes sociais.

Há, depois, as pessoas normais, urbanas, civilizadas, que respeitam, argumentam com ideias, e que também povoam as redes sociais, mas em menor número.

Troll com Talibã dá Trollibã, sem espinhas.

Engoli o último trago do meu café da manhã, sem leite, que isso faz-me azia, como os Trollibãs.

O que os lixa, na sua Sharia virtual é que os normais continuam a pensar e a retirar do mau algo de bom.

A saber,

Profissionalmente, através o Facebook (que o Instagram e o LinkedIn são outra coisa) consegui trabalho, arranjei trabalho, conheci pessoas, troquei ideias.

É lá que sigo quem me segue e ao meu trabalho, é lá que está o meu barómetro.

Pessoalmente, reencontrei amigos que há muito não via, soube do desaparecimento de outros, mas também dos aniversários de muitos, fui assediado, se calhar, sem me dar conta, ou não, assediei, resolvi problemas da tv cabo, comprei carro e mota, quase vendi a casa.

O ócio.

Farto-me de rir, por causa das coisas non sense que dizem e escrevem, e também porque há gente com imenso sentido de humor e inteligência, informo-me, vejo o mundo ao segundo, com fotos e vídeos, opino, “desopino”, desopilo.

Tudo isto no Facebook, que o Twitter visito poucas vezes, que aquilo é intelectuais a mais para um pobre como eu.

Tal como os Trollibãs que se me atravessam pela frente, silenciosamente, desopilam e só dão conta muito tempo depois.

Eu já fui Troll. Eu já fui Talibã.

Mas, eles não sabem. Nunca calçaram os meus sapatos.

Um amigo disse que inventei o “termo do ano”.

Não, respondi-lhe.

Eles existem, eu só os juntei, para os irritar.

Esta noite, o McGregor luta com o Mayweather.

Há lá alguma coisa mais alucinante que um bom e duro combate?!

Os Trollibãs também vão ver, mas não vão perceber rigorosamente nada.

 

(Vídeo nice, este, dedicado aos Trollibãs)