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The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

The Cat Run

Uma cena sobre corrida em geral e running em particular e também sobre a vida que passa a correr. Aqui corre-se. Aqui só não se escreve a correr. Este não era um blog sobre gatos. A culpa é da Alice.

27.11.15

O CAÇA-FANTASMAS


The Cat Runner

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Correr é mais que um vício, algo que se entranha nas veias e na alma.

Correr é uma batalha contra os meus próprios fantasmas.

As pernas cansadas, a música que marca o ritmo, a respiração ofegante, o vento na cara. Frames que partilho comigo, que julgo importantes, que me empurram metro a metro.

Mas é de batalhas que eu gosto.

Gosto de ganhar uma-a-uma, sem qualquer garantia que ganharei a guerra, se é que a guerra terá fim.

Diferentes cores, diferentes nomes difíceis de dizer, um tempo, há sempre um tempo, antes de Deus.

As minhas corridas tornaram-se menos visíveis, apesar de correr todos os dias. Raros são os dias em que não calço os meus ténis já gastos, ainda não fizeram um ano nos meus pés.

Eu só uso um par de ténis. Não sou homem de várias mulheres. Crio, com eles, uma relação que só a nós diz respeito.

Eles nascem para mim, comigo vivem e em mim morrem.

As minhas corridas são menos visíveis o que não implica a ausência do esforço.

Esta semana corri todos os dias noite dentro, enqaunto muitos já dormiam, enquanto outros jantavam, enquanto outros celebravam, enquanto outros enfrentavam os seus dramas.

Enquanto isso eu enfrentava os meus fantasmas.

Foi uma semana daquelas!

Consegui o pleno de ter o meu pai e o meu irmão hospitalizados, ao mesmo tempo, no mesmo hospital.

Já estão em casa.

Matei os meus fantasmas, no fresco das noites, que ficaram para trás, para não deixar pistas. Passam por aqui quase sem se dar por eles.

Não lhes dou tréguas, aos meus fantasmas, nunca.

É quando eles me assombram que mais gosto de os enfrentar.

 

 

25.11.15

A CORRIDA NÃO CHEGA AO FIM SÓ PORQUE FOI PAI


The Cat Runner

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Há um dia que marca para sempre a vida de cada um de nós: quando somos pais.

Tudo se vira ao contrário e tudo quer dizer a vida inteira. Vivemos em função do(s) filho(s), para sempre.

Mas um filho não vem acompanhado com um livro de instruções, somos obrigados a descobrir e a alimentar as suas necessidades e os seus hábitos, nós, pais, que sempre fomos o “número” um antes do “principal actor” entrar em cena.

O “número um” combina agora o stress, a ajuda às amamentações às 3 e 6 da manhã, as noites sem dormir, a falta de tempo para tantas exigências importantes que passam a fazer parte de uma hierarquia antes impensável.

É aqui que entra o exercício. Por culpa das alterações radicais passamos a dar maior importância à fast-food, porque é mais rápido, bebemos (muitos) mais cafés, carregamos no açúcar, saltamos os pequenos-almoços, fazemos os lanches à pressa, quando fazemos, os jantares passam a ser carregados de calorias, e começamos a perder energia e a ganhar peso, o que, eventualmente, pode resultar numa versão mais cansada e rechonchuda, redonda mesmo, do que costumava ser.

 

11.11.15

A (MINHA) BATALHA DE MARATONA


The Cat Runner

 

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 Para quem não sabe, em 490 a. a. na Primeira Guerra Médica das Guerras Medo-Persas que ocorreram na Grécia, em Ática, no lugar de Maratona, desembarcaram os Persas.

Em Atenas perante o ataque iminente dos Persas, o pânico instala-se. O conselho decide pedir auxílio aos Espartanos. Este viria a ser um dos mais importantes acontecimentos da História da Grécia Antiga, que viriam a determinar a História de toda a Europa, a Batalha de Maratona.

E o que tem isso a ver com o passado dia 08? Absolutamente tudo.